Do látex ao seu carro: Como as peças de borracha são feitas?
Entre as centenas peças do seu carro, muitas são feitas de borracha, como as peças de suspensão, pneu, buchas e até mesmo os limpadores de para-brisas. Esse é um material versátil, com diversos usos e que tem como ponto de partida o látex, uma substância natural extraída da seringueira (Hevea brasiliensis), árvore nativa da Amazônia e cultivada em diversas partes do mundo.
O látex é uma substância branca e líquida assim que sai da árvore, porém, com os processos certos pode se transformar em diversos utensílios, brinquedos e peças que protegem e deixam o ato de dirigir mais confortável.
Mas como um líquido se transforma na bucha utilizada na suspensão veicular do seu carro? Continue a leitura e descubra como funciona esse processo.
A extração do látex: direto da natureza
O látex é retirado por meio de um processo chamado sangria, no qual os seringueiros fazem cortes diagonais no tronco da seringueira para permitir que a seiva escorra. Essa seiva leitosa é recolhida em recipientes durante alguns dias, depois de um tempo, enviada para processamento.
Nesse estado, o látex é uma substância líquida e bastante elástica, mas ainda não se assemelha à borracha que se tornará peças para veículos. Antes disso, ela passará por um processo chamado de vulcanização.
Vulcanização: o segredo da borracha resistente
O próximo passo é a vulcanização, que, segundo o artigo “Aspectos históricos da vulcanização”, processo criado por Charles Goodyear no século XIX nos Estados Unidos e a Thomas Hancock, na Inglaterra. Os dois estudiosos desenvolveram patentes em 1840 sobre o processo de transformar o látex cru em borracha resistente, durável e maleável.
Sem esse processo, a borracha se transforma em algo mole e pegajoso em estações quentes ou completamente dura e quebradiça no inverno do hemisfério norte. Na vulcanização, o látex é aquecido com enxofre e outros aditivos químicos.
Esse processo cria ligações cruzadas entre as moléculas, tornando o material mais estável, elástico e resistente ao calor, ao desgaste e à ação do tempo, qualidades essenciais para o uso automotivo.
Dando forma às peças: Moldagem
Quando ocorre a vulcanização, um processo de ligação química chamada de reticulação acontece que confere a propriedade de resistência. Segundo o site Global O-Ring, a reticulação cria uma estrutura na qual a elasticidade não pode ser quebrada facilmente, como na borracha in natura, ou látex.
Ainda segundo o site citado, a borracha é moldada antes da reticulação, pois após esse processo ela se torna impossível de moldar pelos processos de prensa, injeção e extrusão.
Prensa: Esse processo de vulcanização consiste em colocar a borracha em moldes metálicos que têm o formato exato da peça final. Os moldes são então posicionados em prensas hidráulicas ou mecânicas.
Com alta pressão e temperatura, a borracha é prensada dentro do molde, que, após a cura, o molde é aberto, a peça é retirada e resfriada.
Injeção: Segundo o site CTB borrachas, é um dos processos mais comuns de moldes de borracha para a produção de peças automotivas.
Dentro de um cilindro, insere-se a borracha em uma rosca, dentro do cilindro da injetora, diferentemente da prensa. Com esse atrito e aquecimento controlado, ocorre a vulcanização e, ainda aquecida, é injetada em um molde metálico.
Dependendo da espessura e tamanho da peça, essa moldagem acontece em segundos.
Extrusão: Também é um dos processos mais comuns na fabricação de peças de borracha, e segundo o site Retilox, utilizando uma máquina de processamento chamada extrusora. A borracha não vulcanizada é forçada a passar por uma matriz (molde) da peça desejada.
Ainda conforme o site citado, essas peças podem ser: vedações, isolamentos, juntas, mangueiras, etc.
Dessas formas, o látex pode se tornar peças automotivas de borrachas como: mangueiras de combustível e ar-condicionado, coxins, buchas, juntas, correias, pneus entre outras diversas peças de aplicações automotivas para veículos de todos os portes.
Outra diferença, além dos processos, cada peça pode também levar em sua composição aditivos como: carbono negro, sílica, plastificantes ou aceleradores, que garantem o desempenho e proteção do veículo.
Contudo, esse não é o fim do processo do látex. É importante que as peças passem por inspeção para retirar as rebarbas e manter a qualidade, além de testes que verificam resistência, elasticidade, tolerância a temperaturas extremas e desgaste. Isso garante que a peça de borracha suporte as exigências do dia a dia nas ruas e estradas.
Até o látex se transformar em uma peça automotiva, ele passa por uma jornada que mostra como a tecnologia e a natureza podem andar juntas para fazer do trânsito mais seguro. E é graças ao processo de vulcanização que conseguimos ter veículos mais duráveis e eficientes.
Não se esqueça de usar somente peças para seu veículo de marcas de qualidade, que garantem a procedência do látex e todo o processo de transformação da matéria-prima. A Mobensani cuida de todo o processo para levar o melhor das peças de metal-borracha para o mercado brasileiro.
Conheça nosso catálogo e comprove a qualidade da maior e melhor do Brasil.